Essa semana, li um artigo do Professor Roberto Mota, que é Mestre pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, na Revista Oeste.
Em seu artigo, cujo link se encontra no rodapé desta coluna, Mota relata as dificuldades vividas por professores cujo espectro ideológico tendam à Direita, no exercício da profissão, que aparentemente atrai mais pessoas identificadas com a Esquerda.
Pelo que pude apurar na minha experiência de aluno e professor voluntário por dois anos, existe um tipo de censura que não precisa de decreto: Aquela que se manifesta em olhares, em silêncios constrangedores, na exclusão sutil de debates.
No ambiente acadêmico brasileiro, particularmente no ensino superior, professores com posicionamentos conservadores ou liberais conhecem bem esse tipo de ostracismo.
Não se trata de perseguição declarada, mas de algo talvez mais pernicioso: A deslegitimação prévia de qualquer ideia que não se alinhe ao pensamento hegemônico de Esquerda.
Defender a livre iniciativa, a meritocracia, o armamento da população civil, questionar o tamanho do Estado, valorizar tradições familiares ou simplesmente declarar a fé em Deus pode significar a exclusão desse profissional, por parte dos demais pares.
Há uma ironia cruel nisso tudo. As mesmas instituições que ostentam bandeiras de diversidade e inclusão em suas fachadas praticam uma impressionante uniformidade ideológica em seus quadros docentes.
Diversidade de gênero, raça e orientação sexual — todas fundamentais — são celebradas. Mas diversidade de pensamento político? Essa parece ser a única que incomoda.
Por outro lado, professores de Esquerda convertem suas aulas em palanques políticos, diariamente, sem que sejam sequer repreendidos.
Tamanha hostilidade gera um ambiente onde o professor de Direita evita expor seus posicionamentos, algo que é terrível em qualquer lugar, especialmente nas escolas, onde, supostamente, se forma o pensamento crítico.
Os maiores prejudicados não são os professores de Direita, apesar de tudo. São os alunos, que estão privados do confronto genuíno de ideias, da possibilidade de construir seu próprio pensamento a partir da exposição a diferentes perspectivas. Uma geração inteira está sendo formada em câmaras de eco ideológico, onde a discordância é tratada como heresia.
Se nada for feito, no longo prazo, esses alunos estarão ocupando os cargos de poder, as vagas de trabalho e todos os outros postos existentes na sociedade. E, assim, o Brasil seguirá sequestrado pela Esquerda e seu plano de poder perpétuo e maligno.
A Direita precisa entender, de uma vez por todas, que eleger o Presidente da República não resolve os nossos problemas. A mudança precisa vir de baixo e começar nas creches.
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Link do artigo:
https://revistaoeste.com/politica/as-dificuldades-de-ser-professor-de-direita-no-brasil/
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