O PP vem cobrando publicamente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por uma suposta falta de apoio à pré-candidatura de Guilherme Derrite (PP-SP) ao Senado e por "dificuldades de comunicação e falta de atenção a parlamentares" da sigla. Em meio a essa insatisfação, o partido ameaça lançar uma candidatura própria ao governo paulista, ainda que Tarcísio já tenha se colocado como candidato à reeleição.
Em nota divulgada neste sábado (27), o diretório estadual do PP afirma que existe um “crescente descontentamento de prefeitos da legenda” com a gestão estadual, e já cita nomes possíveis que estariam sendo avaliados internamente como possíveis candidatos pela sigla.
Um deles é Filipe Sabará, que já foi secretário nas gestões municipal e estadual de João Doria e atualmente está ajudando Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em sua aproximação com empresários da Faria Lima. Outro nome aventado pelo PP é o do deputado federal Ricardo Salles, que atualmente está no Novo. Hoje, o PP tem 54 prefeitos no estado de São Paulo.
"Há queixas recorrentes sobre a falta de atenção a parlamentares, dificuldades de comunicação e uma percepção de distanciamento entre membros do atual governo estadual e a direção partidária do Progressistas, tanto em nível nacional quanto estadual", diz a nota. "Com a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência da República, o partido também passou a considerar estratégico ter, no Palácio dos Bandeirantes, um governador mais alinhado ao projeto nacional da sigla. A avaliação interna é de que essa sintonia facilitaria a montagem e a sustentação da chapa de candidatos a deputado federal e estadual em São Paulo, um dos principais colégios eleitorais do país".
Derrite foi secretário de Segurança Pública de São Paulo até novembro, quando deixou o cargo para voltar à Câmara dos Deputados para relatar o projeto antifacção e para focar em seu projeto eleitoral de 2026. Quando entrou no governo, Derrite era filiado ao PL, mas neste ano trocou a sigla pelo PP.
Com a saída do deputado da pasta, o PP perdeu espaço no governo: Tarcísio optou pelo delegado Osvaldo Nico Gonçalves, que antes era secretário-executivo da Segurança Pública e soma mais de 40 anos de experiência na Polícia Civil.(Do Globo)













