A Polícia Federal prendeu preventivamente Jair Bolsonaro (PL), 70, na manhã deste sábado (22), em Brasília, na reta final do processo da trama golpista.
O ex-presidente estava em regime domiciliar desde 4 de agosto e foi levado pela PF após a decretação da prisão preventiva, sob justificativa de garantia da ordem pública.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no STF (Supremo Tribunal Federal), citou risco de fuga para embaixada dos EUA e violação de tornozeleira na madrugada. Ele determinou ainda que não houvesse uso de algemas nem exposição midiática.
Uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho dele, para a noite deste sábado, contribuiu para a decisão.
A PF chegou à casa de Bolsonaro por volta das 6h, em comboio com ao menos cinco carros. O ex-presidente foi levado cerca de 20 minutos depois para a Superintendência da PF, onde ficará preso, em um espaço com cama, banheiro privativo e uma mesa. Foi marcada uma audiência de custódia por videoconferência para as 12h deste domingo (23).
A defesa do ex-presidente foi procurada, mas ainda não comentou. Segundo aliados, Bolsonaro estava soluçando, mas sereno quando foi preso. "É INACREDITÁVEL. Num sábado. Com estado de saúde totalmente comprometido. VERGONHOSO", escreveu Fabio Wajngarten, ex-chefe de comunicação do ex-presidente.
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão sob acusação de liderar uma trama para permanecer no poder. É a primeira vez na história do país que um ex-presidente é punido por esse crime.













