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    848 Jornal A Bigorna 24/06/2021 13:00:00

    Política

    O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin prepara o anúncio de sua saída do PSDB nas próximas semanas. Políticos de diversos partidos dizem que ele já decidiu que será candidato ao governo de São Paulo mais uma vez, mas agora potencialmente como um dos principais rivais dos tucanos, que ocupam o Palácio dos Bandeirantes desde 1995. O desembarque da sigla não estava nos planos do ex-governador, mas acabou sendo considerada ao longo de 2020 como a única opção para seu retorno à vida pública.

    Alckmin perdeu espaço no PSDB desde que João Doria – de quem foi padrinho político ao estimular sua candidatura à Prefeitura de São Paulo, em 2016 – passou a dominar todas instâncias partidárias. Segundo interlocutores, derrotar o grupo de Doria se tornou uma meta do ex-governador.

    A desfiliação deve se dar sem a informação, por ora, de qual será seu novo partido. Oficializada a mudança, Alckmin deixará a legenda da qual foi membro-fundador, ainda em 1988, a partir do MDB. Ex-prefeito de Pindamonhangaba e ex-deputado estadual, teve a ficha de filiação número 7, segundo já disse em diversas ocasiões – preenchida enquanto era deputado constituinte. Ele foi o governador de São Paulo pelo PSDB por 13 anos em períodos entre 2001 e 2018 – o maior tempo entre todos da sigla que passaram pelo cargo.

    De perfil municipalista, Alckmin sempre foi um político diferente dos demais membros do PSDB. Enquanto Bresser Pereira, Fernando Henrique Cardoso, José Serra e Mario Covas tinham identificação com os intelectuais das grandes cidades, o ex-governador sempre fez a linha do homem do interior temente a Deus, que gosta de contar anedotas do passado entre goles de café.

    O mal-estar dentro do partido cresceu com desempenho na última eleição, em 2018, quando concorreu à Presidência. Com uma aliança de oito partidos, incluindo os do Centrão, que lhe deram o maior tempo na TV, o tucano acabou com 4,76% dos votos, em 4.º lugar.

    Agora, Alckmin teria convites de pelo menos 10 legendas, sendo DEM e PSD os que mais têm chances de levá-lo. O movimento é articulado com o ex-governador Márcio França (PSB), que tratou do tema com Alckmin em diversas reuniões na capital. (Do Estado de S.Paulo)

     

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