
Por Assis Châteaubriant – Conheço Avaré desde alguns primórdios que os jovens de hoje desconhecem. As chuvas que alagavam o Largo do Mercado eram certeiras em épocas chuvosas, disto todo o avareense sabia. E Avaré ainda era uma cidade pequena, em vista da atualidade.
No entanto, nossa outrora Rio Novo cresceu, e, devo dizer muito. Pelos quatro cantos somam-se bairros e mais habitantes e mais bairros serão erigidos. É o crescimento populacional e, consequentemente habitacional.
Os córregos e outras vazões de água são as mesmas há mais de 20 anos. Ou seja, crescemos, mas não evoluímos.
A evolução tem que acompanhar o crescimento, caso contrário, será uma balança que penderá para um só lado: os alagamentos.
Lembro-me quando Miguel Paulucci terminou a obra que teve início com Fernado Pimentel. Paulucci saiu da prefeitura em 1996.
Deste modo, passados mais de 21 anos, quase ou nada foi realizado em infraestrutura pelos outros prefeitos. Ficamos parados à mercê do tempo.
Não é culpa de um ou outro prefeito que passou, nem do atual. Devemos pensar no futuro, e o futuro é hoje.
A cidade não pode ficar se lamentando por não ter feito obras antienchentes; tem sim, é que pensar em como alocar verbas para que sejam começadas estruturas que darão suporte e vazão de água para que não ocorram as enchentes.
Pode ser nesse governo um início e em outros a continuação. Não se faz obra para entrar para posteridade, mas sim, para atender a sociedade.
Não adianta olharmos para trás quando o problema é premente e exige uma administração voltada para o futuro da cidade.
Crescer sem evoluir é um atraso. Sofremos com tal atraso em obras, mas o tempo não para, haverá novas chuvas e noticiários. Os administradores e políticos têm a missão de fazer a evolução estrutural e não apenas ver crescer nossa Avaré.
Chatô é escritor.