
A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo reduziu o período de quarentena para pessoas infectadas com o novo coronavírus que já tenham se vacinado. A recomendação agora é de isolamento de sete dias para pessoas que apresentem sintomas e de cinco dias para os assintomáticos. Mudanças no período de quarentena já haviam sido adotadas em recomendações de autoridades dos Estados Unidos, França e no Rio de Janeiro. O Ministério da Saúde também estuda uma mudança nesse prazo.
O titular da Saúde paulista, Jean Gorinchteyn, pontuou, porém, que é preciso avaliar de forma correta o início dos sintomas. Segundo ele, a transmissão ocorre nos primeiros três dias de sintomas e os prazos estabelecidos são de comum acordo com o Ministério da Saúde.
No Estado, a média diária de novas internações pela covid-19 subiu de 350 para 718 nas quatro últimas semanas. A média de mortes também voltou a subir: de 14 para 22 nas duas últimas semanas. São Paulo, assim como outras regiões do Brasil, tem visto o aumento de hospitalizações de pacientes com sintomas gripais, diante do avanço da influenza (gripe) e da Ômicron, variante mais contagiosa do coronavírus. A ocupação dos leitos de UTI é de 35,26% no Estado e Gorinchteyn prevê que essa taxa atinja 50% na próxima semana.
Há duas semanas, o Centro para Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC, na sigla original) também adotou o novo intervalo de isolamento como recomendação para os infectados. A orientação é que, após cinco dias, aqueles que não apresentem sintomas ou já estejam imunizados possam retomar o convívio social desde que usem máscara por mais cinco dias quando estiverem com outras pessoas.
"A mudança é motivada pela demonstração científica de que a maior parte da transmissão ocorre no início do curso da doença, geralmente 1-2 dias antes do início dos sintomas e 2-3 dias depois", disse o órgão. Para todos os cidadãos expostos ao coronavírus, o CDC também recomenda um teste de antígeno no 5º dia após a exposição. Caso haja sintomas, a quarentena se torna imediatamente obrigatória, até que um novo diagnóstico confirme que os sintomas não são atribuíveis à covid-19. A medida, porém, divide cientistas.(Do Estado)