• Festar ou não festar, hei a discussão

    1574 Jornal A Bigorna 24/10/2017 03:09:00

    Por Assis Châteaubriant – Um fato que mostra nitidamente que uma cidade está fadada ao fracasso, se dá quando um prefeito conclama a população a ir até a Câmara para manifestarem-se á respeito de uma lei que proíbe uma festa.

    Isso mesmo. Um prefeito que briga por uma festa, contudo, se esquece do bem-maior de uma cidade: sua população.

    O debate ganhou horas de discursos inflamados entre vereadores que apoiam o atual prefeito e a oposição, que defendia que a tal festa do peão, ou seja lá o nome que se dê a ela, não seja realizada em dezembro, com a temerária de que a economia avareense possa ser prejudicada, principalmente, o comércio.

    Dizia o mestre Charles Bukowski: “Existem dois problemas sobre o dinheiro. Quando se tem demais e quando se tem pouco”.

    E Avaré tem pouco. Uma pena. Poderíamos ter mais e dar diversão e entretenimento à população. Apesar, do pesares, uma parte da população quer festa, enquanto outra quer uma cidade com maior potencial econômico e, sem delongas, com mais qualidade na saúde pública. As opiniões devem ser respeitadas, todas elas, seja quem é a favor e quem é contra.

    No entanto, qualquer cidadão consciente, deveria ‘parar para pensar’. Temos condições para arcar uma festa? Nem as contas do que foi gastado com o carnaval o governo enviou à Câmara, como se o dinheiro do povo, fosse unicamente do prefeito.

    Uma cena lastimável ver políticos brigarem por uma festa. Avaré, em seus mais de 150 anos, merecia algo maior. Discussões para um desenvolvimento da cidade e maior qualidade de vida ao seu povo. Uma cena ridícula que ficará marcada ou manchará a história da bela Avaré.

    Festar ou não festar, hei a discussão!

    Chatô é escritor.

    “A árvore quando está sendo cortada, observa com tristeza que o cabo do machado é feito de madeira”. - Provérbio Árabe.

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