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    Homem vende escola e depois ateia fogo em estabelecimento, mas é preso após pedir ajuda ficar ferido

    2161 Jornal A Bigorna 21/08/2021 08:00:00

    O homem que foi preso suspeito de incendiar uma escola particular nesta quinta-feira (19), em Itaporanga (SP), dirigiu mais de 200 quilômetros com o corpo queimado para pedir socorro em um hospital de Sorocaba, de acordo com a Polícia Civil.

    Segundo o delegado Luís Antônio Lara, da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Sorocaba, o jovem de 29 anos é o ex-dono da instituição e cometeu o crime porque estava arrependido da negociação que havia feito recentemente.

    A polícia informou que ele foi preso em flagrante ao dar entrada com graves queimaduras horas depois do crime, no Hospital Regional.

    "Ele entrou na escola com algum tipo de combustível e colocou fogo. Ele foi atingido por chamas no local, foi ferido gravemente e fugiu dirigindo com as queimaduras, inclusive no rosto, e buscou socorro em Sorocaba no Hospital Regional. Ele rodou praticamente duas horas e meia queimado para buscar socorro", afirma o delegado.

    A distância entre a escola no centro de Itaporanga e o hospital em Sorocaba é de aproximadamente 256 quilômetros, trecho que pode ser percorrido em cerca de 3h35.

    "Tudo indica que ele agiu sozinho, inclusive na fuga para Sorocaba. A cidade fica a mais de 200 quilômetros, e ele passou por pedágio nesse estado", continua o delegado.

    A Polícia Civil de Itaporanga, que investiga o caso, informou que está apurando a participação de outra pessoa no crime, mas que por enquanto não há indícios.

    Segundo a polícia, o suspeito foi localizado em Sorocaba depois que um radar na rodovia em Itapetininga apontou que o carro dele passou pelo local por volta das 5h de quinta-feira (19).

    A escola ficou destruída após o incêndio na madrugada de quinta-feira (19). As chamas atingiram a secretaria da unidade e uma sala de aula, e ainda houve uma explosão, que resultou na quebra de vidros e queda de um portão, segundo os bombeiros.

    A Polícia Civil passou a investigar o caso como incêndio criminoso, já que os policiais encontraram galões com resíduos de gasolina e um pulverizador agrícola na escola, além de peças de roupas.

    A corporação informou que, apesar dos estragos, não havia ninguém na escola no momento do incêndio, além do criminoso. Por isso, mais ninguém se feriu.

    De acordo com a Polícia Civil, o suspeito segue internado na UTI do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) sob escolta policial. No entanto, a Secretaria Estadual de Saúde informou que a família não autorizou a unidade a passar o estado de saúde do paciente.

    Já o Tribunal de Justiça disse que a prisão em flagrante do homem será analisada neste sábado (21).

    Erick Custódio, o atual dono da escola particular, contou ao G1 que sempre teve um bom relacionamento com o antigo mantenedor, mas que era possível perceber que ele estava insatisfeito com a negociação.

    “A escola estava à beira da falência quando começamos a negociar e ele sempre culpava os pais dos alunos. Os pais são críticos, mas na verdade a gente já entendeu que o problema era a má gestão. Por isso, eu e minha mulher assumimos a responsabilidade de manter a escola. O contrato foi assinado há uma semana e ele abriu mão do direito de mantenedor”, conta Erick.

    O dono explicou ainda que os alunos passaram a ter aulas 100% de forma remota depois do incêndio, mas a escola já está sendo reformada e a unidade será avaliada para que os estudantes possam voltar presencialmente com segurança.(Do G-1)

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