• Liturgia do André #  50 — Vida, sociedade e a elite

    110 Jornal A Bigorna 15/06/2025 17:40:00

     

    “O tempo é cruel, entre a meninice e a velhice são alguns instantes.”- Augusto Cury.

    Vida sem tempo

    Nossas vidas estão cada vez mais sem tempo; pra tudo; nossas relações viraram virtuais, e a sobrevivência é daqueles que possuem muito , se relativiza entre ter dinheiro, comprar o que quer e, mesmo assim, estar sozinho , nem que esteja com esposa , marido e filhos. Nenhum tem tempo suficiente para uns com os outros.

    Arendt

    Segundo Arendt , a sociedade moderna, a qual eu chamo de pós-moderna, aniquila toda possibilidade de agir, degradando o homem a um animal laborans — um animal trabalhador.

    Animal laborans

    O animal laborans, defende Arendt, é provido de ego  ao ponto de dilacerar-se; se nossa espécie moldasse de modo diferente, poderíamos alterar as relações pessoais de forma equânime e mais humana, mas  com tanto ódio praticado pelo ser-humano nas redes socais, tornou o sujeito um simples animal animalesco, em que só o mundo virtual é importante, onde o sujeito faz seus dejetos escrotos, e que na sociedade real, é um puro sociopata.

    Reagir de imediato

    Nas redes sociais, o sujeito reage instantaneamente, com agressões verbais , verborrões — a violência simbólica de que tanto ensinou Pierre Bourdieu, saiu da convivência social de uns com os outros (humanos com humanos- semirracionais), para a violência nas redes. A internet, deste modo, ao pulsar das sensações imediatas e sem consciência e consequências.

    O bom e o mal

    Estudos feitos Josuhua Aronson (psicólogo social) comprovam que a mente humana é desenvolvida para a orientação negativa, nossa mente se concentra na maioria das vezes em ameaças do que em bençãos. Isso interfere na nossa condição social – na vida em comunidade – basta lembrar que uma má notícia e compartilhada mais rápida e frequentemente do que a boa notícia.

    Assim, o giro de existencial em que estamos inseridos intrinsecamente como externamente são hiper-conectado cognitivamente — o sujeito vivo, descrito quão grandemente um ser pensante, não é um homem racional, mas sim um ser semirracional. Daí as questões que assolam nossas convivências sociais. Sim , o homem é o lobo do homem.

    Vida pós-moderna

    O  aceleramento de hoje tem muito a ver com a carência do ser. O materialismo é um mal tão grande que pessoas se sujeitam a trabalhar tanto, para ter mais, onde muitas coisas são tão superficiais e não necessitadas para a vida, levando o sujeito a consumir em demasia para alegra-se, nem que seja por poucos minutos. A vida numa existência superficial - —  o homem explora ele mesmo.

    Tomadas de decisões

    Se olharmos analiticamente, o que levou pessoas tão cultas e bem-sucedidas a ficarem paradas em quartéis cantando hino nacional e pedido a seus deuses que interferissem no resultado das eleições? São birutas ou estavam possuídas de uma tomada de decisão de ‘manada’ – indo com  a turba. Na guerra a elite não morre, apenas a classe baixa. Após as revoluções e mortes de sujeitos doas classes baixas e muito médias, a elite volta ao poder.

    Temos dois tipos de sentidos para tomarmos decisões, uma rápida e um longa. A primeira é com base no cotidiano e pode levar o sujeito a decisões péssimas e ainda ser levados por bandos inúteis sem caráter formado (sem terem percepção da realidade – agem com transtorno de decisões através de raivas e ódios), sem ideologia, a segunda requer reflexões e análises aprofundadas, o que demonstra que o bando que estava nos quarteis agiam como sujeitos sem sentido amplo – levados pela emoção da turba.

    Um exemplo

    O Mito, Jair Bolsonaro chamou os que estavam lá nos quartéis de ‘malucos’, mas não falou para que os alucinados que lá estavam, e hoje muitos devem se arrepender de fazer o que fizeram, pois eram cobaias a serviço do Mito, além de que muito malucos ainda fazem PIX para ele e para seu filho – não há como entender isso de imediato? Pouco, e, a longo prazo, muito! Agiram com base de ódio e empurrados pela elite que plantava Fake por todos os lados.

    A sofreguidão

    A sofreguidão da sociedade brasileira passa pela manipulação das elites à massa pobre, que se curva a coerção e aceita ser subserviente aos que detêm o poder, e ao seu sentido de que é e sempre será fraco; muitos veem heróis, mas não entendem que não existem heróis, nem aqui, nem em qualquer outro lugar.

    Mente

    A Mente, mente! Os mais acachapados, os sujeitos com menos capacidades de decidir, além de não terem  noção da realidade em que estão inseridos, simplesmente se curvam aos poderosos e agem como bando à serviço de quem os ilude, para que os pobres possam mantê-los no poder.

    A elite usa os pobres e a classe dos mal-informados para estarem sempre no poder!

     

     

     

     

     

     

     

     

     

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