• Lula e Alckmin têm novo encontro e querem anunciar chapa em março

    860 Jornal A Bigorna 12/02/2022 11:40:00

    O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve um novo encontro na noite de sexta-feira (11) com o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (sem partido), cotado para ser candidato a vice-presidente na chapa encabeçada pelo petista.

    Na conversa, os dois avançaram nas negociações para a formação da aliança e estabeleceram o mês de março como momento em que o acordo deve ser anunciado oficialmente.

    O encontro ocorreu na casa do ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT), um dos principais articuladores da chapa e pré-candidato ao Governo de São Paulo.

    Nas próximas semanas, Lula e Alckmin vão se dedicar à definição do partido a que o ex-governador vai se filiar para se candidatar ao lado do petista. As conversas com o PSB são as mais avançadas, mas aliados da dupla dizem que outras opções estão na mesa.

    O grupo quer acertar a nova legenda de Alckmin e oficializar a chapa com Lula em meados do mês que vem. A ideia, com isso, é facilitar a migração de deputados para o mesmo partido do ex-governador antes do fim do prazo para filiações partidárias, no dia 2 de abril (seis meses antes da eleição).

    Lula tem defendido em diversas conversas reservadas tanto com correligionários como com integrantes de outros partidos a escolha de Alckmin como seu vice.

    A opção pelo ex-tucano é considerada irreversível por petistas próximos do ex-presidente. Houve uma avaliação durante o encontro que o nome de Alckmin já passou por teste de popularidade e foi aprovado.

    O jantar desta sexta foi descrito como um movimento para consolidar a aproximação pessoal entre os dois políticos, que discutiram problemas do país em áreas como saúde, educação e questões sociais.

    Também foi tema da conversa a relação dos presidentes com o Congresso. Lula e Alckmin concordaram que a relação com o Legislativo será um dos principais desafios políticos do próximo governo.

    Segundo participantes do encontro, Lula fez uma avaliação pragmática do processo eleitoral e disse acreditar que a disputa com Jair Bolsonaro não será fácil. Para o petista, o atual presidente acumulou força ao longo dos últimos anos e consolidou seu vínculo com uma larga fatia da população.

    As negociações para definir o partido a qual Alckmin se filiará devem se intensificar nas próximas duas semanas, envolvendo arranjos estaduais e as conversas com o PSB em torno da formação de uma federação com o PT.

    Nos bastidores, alguns petistas ainda trabalham pela ida de Alckmin para o PSD, num movimento para selar o apoio da sigla a Lula ainda no primeiro turno.

    A migração, porém, é considerada difícil porque o presidente do partido, Gilberto Kassab, insiste no plano de lançar uma candidatura própria ao Palácio do Planalto.(Da Folha de SP)

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