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    Ministro diz a prefeitos que não precisam reservar 2ª dose e irá antecipar vacinação de professores

    1734 Jornal A Bigorna 19/02/2021 21:10:00

    O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse a prefeitos nesta sexta-feira (19) que a pasta deve alterar a estratégia de vacinação contra a Covid-19.

    A partir de agora, cidades não precisam mais reservar a segunda dose da vacina Coronavac para ser aplicada. A justificativa é que já há maior garantia de produção, o que permitiria um envio posterior, em novas remessas.

    A informação foi divulgada pela Frente Nacional dos Prefeitos, que pediu a reunião com o ministro.

    "Agora, a partir do dia 23, com a chegada de 4,7 milhões de novas vacinas, a imunização será em 4,7 milhões de brasileiros, não a metade, como estava acontecendo até então", informou a frente.

    A medida atende a uma demanda dos prefeitos. Nos últimos dias, ao menos cinco capitais tiveram que interromper suas campanhas de vacinação devido a falta de doses. O ministério, porém, ainda orientava manter reservado o volume da 2a dose da Coronavac, alegando que ainda não tinha um cronograma claro de entregas.

    O prazo para aplicação da segunda dose para essa vacina é de 14 dias até 28 dias. Já no caso da AstraZeneca, o intervalo é de três meses –neste caso, já não havia previsão de reserva.

    No encontro, Pazuello também disse que deve alterar o cronograma para vacinar professores mais cedo. A expectativa é que isso ocorra até março.

    O pedido era feito pelos prefeitos como estratégia para retomar a aulas presenciais no país. O ministério, no entanto, ainda não tinha concordado com a possibilidade.

    Segundo informações apresentadas pela pasta na reunião, as 4,7 milhões de doses devem ser enviadas até o dia 28. Destas, 2 milhões seriam da AstraZeneca, importadas da Índia, e 2,7 milhões da Coronavac, que é produzida pelo Butantan.

    A expectativa é que haja distribuição de mais 21 milhões de doses em março –daí a possibilidade de calcular outra remessa para a segunda dose da Coronavac.

    Ainda na reunião, alguns prefeitos disseram ao ministro ter disponibilidade para adquirir vacinas caso haja apoio do ministério. A situação ocorre em meio a críticas de atraso do governo federal na negociação de novos contratos e baixo fornecimento inicial de doses.

    Prefeitos também aproveitaram o encontro para cobrar uma posição do Ministério da Saúde sobre o financiamento de leitos de UTI contra a Covid.

    Na reunião, Pazuello voltou a defender que haja uma mudança no critério de pagamento. Hoje, o custeio ocorre de forma antecipada, independentemente da ocupação, em uma estratégia para garantir que os leitos continuem abertos. Já o ministro sugere que o pagamento seja feito apenas após o uso.

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