• O prefeito quer voar

    1389 Jornal A Bigorna 06/02/2018 19:00:00

    Por Assis Chateaubriand – Entre premesses asquerosas do dia-a-dia político, confesso que pouco tenho vontade de escrever, se é que escrevo algo, sobre a política, seja ela nacional ou daqui destas bandas esquecidas por Deus e ainda amada pela natureza.

    Ouvindo a Sessão dos nobres vereadores deste fevereiro que mais parece um inverno, entre aqui e acolás, confesso que perdi, como diz Juca Kfouri em seu livro. Perdi a vontade de entender os políticos. Não sou psicólogo, entretanto, passei quatro anos tentando entender o político Paulo Dias Novaes Filho e, não consegui entendê-lo.

    Nos tempos atuais, onde um  jovem foi  eleito para comandar a famigerada Avaré, o vereador-secretário leu um ofício (ofício quer dizer algo que é oficialmente a vontade do prefeito) – de que ele quer mesmo o Aeroporto Avaré- Arandu.

    Fiz algumas pesquisas, e o que constatei é que os aeroportos, hoje, são frutos de grandes despesas para os estados e cidades que detêm os aeroportos.

    É claro, que o nobre governador de SP, o qual quer ser presidente vai mimosear  Avaré com este ‘belo presente de grego’, ou os senhores acham que se o Aeroporto adviesse lucros o estado cederia para uma cidade?

    No ofício (inimaginável) para um mero cidadão, o prefeito de Avaré envia a minuta onde existem as cláusulas que a cidade terá de cumprir e ter para si (presentão) um Aeroporto. O prefeito, através de um Projeto de Lei quer que a Câmara de Vereadores de Avaré o autorize a celebrar (quanta antonomásia) convênio entre estado e município, e, deste modo, Avaré – cidade do sol da água da luz do cavalo e futuramente do Aeroporto, ter para si um ‘gigante-branco’ como o Aeroporto Avaré – Arandu.

    Pensando e relatando entre ‘botões de emergência’ – cabem duas coisas: a Câmara aprova e fica corréu na situação do convênio, ou o prefeito sem autorização da Câmara, celebra o convênio e traz para você que paga impostos o dever de cuidar e pagar as contas do tal Aeroporto.

    Entre a ‘cruz e a espada’ ficam os senhores vereadores. Mas há uma saída. Caso seja aprovado o convênio, o Ministério Público, no futuro – que não será tão distante assim - coloca o prefeito e os vereadores no polo ativo, caso haja despesas oriundas da celebração do convênio e o tal Aeroporto fique jogado às traças, sem receitas que o autopaguem, que as autoridades sejam responsabilizadas.

    Deste modo, sejamos simples, todos pagarão a conta, e isentará o cidadão avareense de ter que arcar com despesas de custeio de algo que nem o homem mais insensato do mundo quereria para si.

    Se o prefeito quer voar, que voe por sua conta e risco!

    Chatô é esccritor

     

     

     

    IMAGENS ANEXADAS

    O prefeito quer voar
    OUTRAS NOTÍCIAS

    veja também