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    405 Jornal A Bigorna 21/08/2023 18:20:00

    Palanque do Zé

    Todos nós gostamos de economizar. Isso é um fato. No Brasil, onde cada vez mais vemos o nosso poder de compra diminuir, eu diria que isso é fundamental.

    Desde tempos imemoriais fomos acostumados a ver nossos pais fazerem malabarismos para pagar as contas e ainda nos propiciarem educação, cultura e lazer.

    E é justamente por isso que não podemos ouvir falar em “promoção”, que já ficamos alvoroçados!

    Primeiramente, importante lembrar a frase do Julius, personagem interpretado por Terry Crews, na série “Todo Mundo Odeia o Chris”: “Se eu não comprar nada, o desconto é bem maior!”

    Apesar de engraçada, a frase é muito boa porque nos faz pensar seriamente sobre o consumismo desenfreado.

    Mas o ponto dessa coluna de hoje não é esse. Nosso assunto dessa vez é o que eu costumo chamar de “economia porca”.

    Explico: Quando compramos algo, sempre olhamos a qualidade do produto e fazemos uma análise mental que envolve dois fatores principais: “Eu posso pagar por isso? X “Esse produto vale tudo isso?”. Se a resposta para ambas as perguntas for “sim”, você compra.

    É claro que eu simplifiquei a coisa ao máximo, eliminando diversas variáveis como “quero’, “preciso” e “em outro lugar está mais barato”, etc...

    O problema é que a Internet nos tira a possibilidade de fazer uma análise mais detalhada, porque não podemos pegar a mercadoria nas mãos e testá-la. E, pior, existem até programas e sites que nos ajudam a economizar, encontrando “a melhor oferta”.

    Mas não existem sites ou programas que nos digam efetiva e eficientemente que um determinado produto, apesar de ser “igual” a outros, tenha a mesma qualidade!

    Recentemente meu Pai comprou esse alicate de eletricista (https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1208523505-alicate-eletricista-descascador-de-fios-auto-ajustavel-irwin-_JM), e ele é ótimo. Mas antes, ele tinha comprado esse aqui (https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-2626439444-alicate-eletricista-00365-construdecor-tools-_JM), que é péssimo!

    Agora, você pode dizer: Ah, mas a diferença entre um e outro é gritante!

    Sim. Mas ambos são alicates de eletricista e fazem, supostamente, a mesma coisa! Meu Pai não é eletricista. Ele é um cara “fuçado”, como quase todos os homens da geração dele. E não precisa da “Ferrari dos alicates de eletricista”, só do básico que funciona!

    Se ele tivesse podido pegar ambos e testar, não teria perdido dinheiro. Se o “robozinho” da Internet não lhe tivesse mostrado o mais barato, ele poderia ter ponderado melhor... Enfim.

    Mas seguimos adiante.

    O problema fica ainda mais grave quando compramos produtos imateriais, cuja infraestrutura de funcionamento desconhecemos em sua totalidade e, portanto, somos incapazes de avaliar se são bons ou ruins.

    Para simplificar, vamos usar três exemplos corriqueiros: Nuvens, VPNs e Pacotes de Internet.

    Tenho certeza que, se você for uma pessoa comum, não saberá dizer ao certo como esses serviços que citei funcionam, do início ao fim.

    Mas você provavelmente sabe que os seus arquivos digitais como fotos, vídeos e documentos digitais ficam “na nuvem”.

    Você também sabe que o objetivo da VPN é ser um serviço que te permite realizar conexões à Rede Mundial de Computadores “de qualquer lugar do mundo”.

    E, por fim, você também sabe que sem um Pacote de Internet, você não consegue navegar online.

    E é aí que está... Chegou a hora de você comprar um serviço de Nuvem, um serviço de VPN e um Pacote de Internet. E agora?

    As principais dicas que posso te dar são: Cuidado com a “economia porca”, com desconhecidos e estude para entender o básico do que você está adquirindo.

    As nuvens mais comuns são as da Microsoft (One Drive), Google (Google Drive) e Apple (iCloud). As VPN mais estabelecidas no mercado são as da Surfshark, NordVPN e Proton. Enquanto as principais provedoras de Internet da nossa região são Telefónica SA, LPNET e Zaaz.

    Entre essas empresas, existem muitas diferenças de serviços e preços, e compete a você identificar quais são as que melhor irão lhe atender. Mas todas as empresas citadas tem um ponto em comum: São confiáveis e bem estabelecidas no mercado.

     

    Imagine só, você ter seus arquivos perdidos para sempre numa nuvem que deixou de existir repentinamente? Ou ter seus dados de navegação expostos a governos autoritários por VPNs duvidosas? Ou mesmo ter seus arquivos de dados roubados por empresas provedoras de Internet inescrupulosas?

     

    A verdade é que se você quiser dispor de bons produtos, precisa pagar por eles. Em Dólares, geralmente!

    Nas compras de produtos e serviços imateriais, mais do que nunca, “o barato sai caro”.

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