Prefeito de São Manuel é cassado depois de denúncia sobre terceirização de serviço

O clima político em São Manuel foi tenso na noite de sexta-feira, 20, com a cassação do mandato do prefeito Ricardo Salaro (PPS), após denúncia de irregularidades em um contrato para a construção de uma creche. Em seu lugar assume o vice, major Rubin (PSDB).

A cassação ocorreu após realização de Sessão da Câmara Municipal de São Manuel onde ficou decidida que a Comissão Processante (CP), aberta em agosto, levaria o destino do prefeito ao plenário da Casa. O parecer inicial da CP pedia a cassação do mandato de prefeito. Foram duas acusações votadas em separado, com ambas tendo o placar de 10 a 3 favoráveis a perda do mandato.

O processo foi movido por um morador que apresentou documentos referentes a um contrato para a construção de uma creche na cidade.

Denúncia- Segundo a denúncia, uma construtora teria sido contratada por R$ 80 mil, de forma ilegal, para fazer a obra. A empresa teria terceirizado a obra, ato considerado ilegal. A creche da Cohab 2 deveria ter ficado pronta em 2016 e essa demora chamou a atenção do morador que, segundo o presidente da Câmara, Odirlei José Félix, teve acesso ao contrato das obras e apresentou a denúncia.

A defesa do agora prefeito cassado, a cargo do advogado botucatuense José Eduardo Rodrigues Torres, alegava que a denúncia não procedia já que, a administração anterior também adotaria tal medida. Salaro, que ficou com a família após a votação, disse “estar tranquilo” em entrevista à Rádio Integração FM. Para ele, a votação foi política e a considerou “uma vergonha, com a Câmara tomando uma decisão que compromete a cidade diante das evidências de que não houve irregularidade”.

A decisão tomada pela Câmara de São Manuel ainda será encaminhada à Justiça Eleitoral. Nas eleições de 2016, Salaro enfrentou o ex-prefeito e irmão do deputado federal Milton Monti, Marcos Monti. Venceu o adversário obtendo 15.223 votos (66,83%) contra 5.220 do adversário. Anteriormente exerceu o cargo de secretário municipal de administração, em Botucatu, no governo de João Cury Neto (PSDB), se afastando em maio daquele ano para a disputa do pleito. Ainda cabe recurso do prefeito cassado.(Fonte:NotíciasdeBotucatu)