
Por Assis Châteaubriant - O ser-humano sempre está às voltas com sua existência. Por que estamos aqui? Qual o verdadeiro significado de existir, e, às vezes, não viver. O ódio ou a violência que pairam nesta sociedade mesmo com leis, onde ainda homens são lobos dos homens.
Somos essência ou existência? O indecifrável mundo nos coloca muitas vezes em ‘xeque’, fazendo-nos pensar sobre nossa frugal passagem por este mundo, tão pequeno. A vida corre a passos rápidos demais, e, quando vemos, já não somos mais os jovens que sonhávamos como antes.
Albert Einstein, também não entendia o homem. Ao dizer que o ‘homem não pede para nascer, não sabe viver e não quer morrer’, ele mesmo sintetiza algo que nós mesmos carregamos dentro de nosso âmago.
A reflexão de Willian Shakespeare é uma das mais profundas que já li. Ela nos dá contornos sobre viver e reinar, sem nada sermos, além, talvez, de meros seres que pensam.
“Amanhã, e amanhã, e ainda outro amanhã arrastam-se nessa passada trivial do dia para a noite, da noite para o dia, até a última sílaba do registro dos tempos. E todos os nossos ontens não fizeram mais que iluminar para os tolos o caminho que leva ao pó da morte.
Apaga-te, apaga-te, chama breve!
A vida é apenas uma sombra ambulante, um pobre palhaço que por uma hora se espavona e se agita no palco, sem que depois seja ouvido; é uma história contada por idiotas, cheia de fúria e muito barulho, que nada significa.” (Macbeth. Shakespeare)
Chatô é escritor.