Ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (PSD) afirmou que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) deixou de ser o principal favorito às eleições presidenciais de 2026 após ter se “contaminado” pela “agenda maluca do bolsonarismo anti-Brasil”. Segundo ele, “quem se alinhar ao bolsonarismo raiz não será presidente do Brasil”.
Em evento, promovido pelo Grupo Voto em São Paulo nessa quinta-feira (16/10), Maia avaliou que as articulações no Tarifaço tiveram um saldo negativo para a direita bolsonarista, enquanto que o presidente Lula (PT) soube surfar no assunto.
“Tarcísio foi contaminado pela agenda maluca do bolsonarismo anti-Brasil, por um grupo que era nacionalista – uma incoerência em tudo que está se fazendo em relação ao que se falou no passado. Isso transforma o candidato de centro-direita no candidato a perder a eleição. Quem se colar o bolsonarismo raiz não será presidente do Brasil como não foi em 22. Eu acho que as pesquisas hoje estão pelo menos mostrando isso para mim”, disse Maia.
Para ele, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) erraram ao acreditar na atuação do presidente americano, Donald Trump, que “é pragmático” e cujas falas não devem ser levadas em consideração.
Na avaliação do ex-deputado, a esquerda está em um cenário mais favorável, e “abraçou uma pauta populista” com foco em 2026. A gestão Lula teria se aproveitado do momento para se projetar com “a isenção do Imposto de Renda”, o fim da jornada 6×1 e um “discurso de rico contra pobre “.
“O governo, que estava numa situação muito ruim, se abraçou com o nacionalismo que nunca defendeu, convergiu com a pauta do projeto do Imposto de Renda, muito bem sucedido no voto (…). O Lula vinha num processo de piora, mas como ele é muito competente, óbvio, muito experiente, muito carismático”, refletiu Rodrigo Maia.
O ex-deputado também fez críticas à condução da Câmara dos Deputados por Hugo Motta (Republicanos), que estaria favorecendo o governo ao não organizar a centro-direita e pautar projetos que preveem o aumento de gastos: “O parlamento não nos ajuda a enxergar qual é a pauta que o parlamento vai organizar para nos dar mais segurança”.(Do Metrópoles)