• Editorial: O caminhão de som parecia mais presente pela cidade

    1236 Jornal A Bigorna 29/12/2017 12:19:00

    Falar de falta limpeza, mato alto e, principalmente, buracos na cidade é como enxugar gelo, mas essa imagem tirada hoje de um buraco, de uma série de iguais a esse, localizado num raio de 100 metros da secretaria de serviços, retrata bem o que foi esse ano de governo do Sr. Joselyr B. da Costa Silvestre.  Vários velhos problemas embaixo do nariz, mas sem ação alguma de resolução, salvo raras atitudes que foram tomadas após cozinhar no banho Maria e chegar a uma situação desesperadora, como o caso da erosão do Jardim Europa II e agora no São Rogério, mas há outros pontos de perigo iminente.

    Nem nos piores momentos de governos anteriores à cidade esteve tão mal administrada, o que não dá muita esperança para o cidadão comum com relação aos outros três anos que estão por vir.

    Tirando a vinda da Univesp, ainda que gerando polêmica, nenhuma das poucas obras que estão ocorrendo na cidade são frutos ou foram planejadas da atual gestão e sim de anteriores, o empenho parece ser apenas para aquele buraco da Emapa, candidato ao maior elefante branco da região, que já torrou muito dinheiro do Dade e município, fora a paciência. Coisa que ninguém quer, turismo não se faz assim com uma obra que será pouco utilizada para eventos que não trazem turistas e sim expectadores de algumas horas.

    Dos 15 votos no Comtur, com a presença do secretário, aprovando o redirecionamento da verba do Dade das obras já planejadas e aprovadas pelo conselho do biênio passado, 12 votos para o Arenão foram de conselheiros com alguma relação com o executivo, entre prefeito, secretários, comissionados, servidores, esposa do presidente do conselho e uma prestadora de serviço para a prefeitura, o que deixa margem para se pensar que não houve coerência ou democracia.

    O que falar do carnaval que teve em fevereiro e dos gastos com a Fampop que foram para os cofres da prefeitura os maiores dos últimos tempos.  Postes pintados com as ruas do jeito que estão é como colocar cereja num bolo de barro.

    A não organização da tradicional - São Silvestre - Elias de Almeida Ward pela prefeitura foi um tapa na cara dos costumes de Avaré, graças um grupo do ramo e empenhado está fazendo um esforço para que essa mácula na história da prova não vire realidade, mas o ônus do sucesso será para esses Avareenses de atitude. Só espero não ver alguns políticos oportunistas na entrega de troféus e medalhas.

    “Os momentos do passado não são imóveis”, escreveu Marcel Proust. “Os momentos (e também as obras) do passado guardam na nossa memória os movimentos que os conduzem ao futuro: um futuro que se torna o passado, conduzindo nós mesmos até ele.”

    Torçamos para que Avaré dê certo, mesmo com a atual desesperança da letargia, falta de experiência e competência de pessoas instaladas no poder. O caminhão de som parecia mais presente pela cidade.

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