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    789 Jornal A Bigorna 11/10/2021 21:20:00

    Palanque do Zé

    Essa não é uma coluna normal. É uma declaração para a posteridade. Eu jamais vou aceitar ou me utilizar da excrecência denominada de “linguagem neutra”.

    Se você não sabe do que se trata, é um abençoado. Mas é importante conceituar, para que possamos seguir adiante.

    Para tanto, trago um trecho de um texto do UOL, que defende a prática: “A linguagem neutra é o uso da linguagem não-binária, onde há a mudança morfológica das palavras. Já houve a tentativa de trocar “o” e “a”, vogais-morfemas que definem o gênero, por “x” ou “@”. Uma frase como “todos foram convidados”, seria substituída por “todxs foram convidadxs” ou “tod@s foram convidad@s”. No entanto, além de não ser uma mudança viável para a comunicação oral, essa forma de expressão prejudica os programas de tecnologia assistiva, e atrapalham a leitura de pessoas com dislexia. Atualmente considera-se que o uso da vogal “e” é mais inclusiva (“todes foram convidades”)".

    Como visto acima, a “linguagem neutra” é desnecessária, infantil e errada. Isso porque além de ser um português incorreto, anula as diferenças entre homens e mulheres e impõe uma política de gênero.

    Não se trata de uma evolução natural da língua, onde “Vossa Mercê", passou para "Vossemecê", depois “Vosmecê”, “Vancê” e agora "Você”. É, em verdade, uma verdadeira guerra cultural, onde os apoiadores da ideologia de gênero propagam que existe um macho alfa opressor em cada parte do mundo, e que isso precisa acabar. 

    O motivo de existir da “linguagem neutra” é exclusivamente validar sistemas de controle social, tal como faz a grande mídia, que sempre tenta subverter a sociedade com matérias tratando da suposta naturalidade da poligamia, do lado "humano” de bandidos e relativização dos malefícios das drogas.

    Não estou, portanto, sendo desrespeitoso com ninguém, e muito menos deixando de aceitar que cada pessoa é um indivíduo e que este  pode ser o que quiser. Estou, pelo contrário, afirmando que a língua deve refletir isso.

    Faço, pois, um juramento aqui: “Prometo, durante toda minha vida, respeitar a língua portuguesa, como a melhor forma de me fazer entender, sem distinção de classe social, gênero, raça, cor ou credo, sempre buscando a evolução social como resultado final."

    Não se deixe enganar. Nossa sociedade é conservadora, religiosa, valoriza a família e respeita os diferentes. Eu, como deficiente físico, sei muito bem disso.

    O que estamos vivenciando no momento, é apenas o fato de que os ditos ”progressistas” estão no controle da grande mídia e das redes sociais, e por isso tentam nos controlar.

    Mas isso não costuma durar por muito tempo. Não que eu seja especialista no assunto, mas prevejo que, no máximo em duas décadas, tudo vai melhorar.

    Historicamente, a sociedade vive momentos de frouxidão moral, intercalados com períodos de maiores dificuldades, quando as pessoas se voltam para o básico.

     

    Há, inclusive, uma passagem interessante sobre isso. Certa feita, o Sheikh Mohammed, de Dubai, cuja família transformou – desde  1833 – um mero deserto  numa das mais importantes cidades do mundo, afirmou: “Meu avô andava a camelo, meu pai andava a camelo, eu ando de Mercedes, meu filho anda de Land Rover, e meu neto vai andar de Land Rover, mas meu bisneto vai andar a camelo…”

    Ou seja, o Sheikh acredita, assim como eu, no provérbio oriental que diz:
    “Tempos difíceis criam homens fortes, homens fortes criam tempos fáceis. Tempos fáceis criam homens fracos, homens fracos criam tempos difíceis.”

    Faz parte do ciclo da vida. Nossos avós e bisavós eram fortes e criaram tempos fáceis. Nós somos os homens e mulheres fracos, que  criaram tempos difíceis. Compete agora, aos nossos netos e bisnetos, serem fortes e criarem tempos fáceis mais uma vez.

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