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    Palanque do Zé #4 - Falta acessibilidade no Pronto Socorro

    Artigo

    1772 Jornal A Bigorna 20/07/2019 10:40:00

    Muita gente está falando do Pronto Socorro ultimamente. Também pudera, afinal, o órgão mudou de prédio!

    Tem-se dito que o atual governo modificou a finalidade do prédio onde está instalado o nosso Pronto Socorro, já que ali deveria funcionar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), conforme planejamento elaborado pela gestão passada, que foi incapaz de terminar a obra.

    Durante nove anos, estive muito envolvido com a Saúde da cidade, pois atuava voluntariamente na Santa Casa de Misericórdia de Avaré como Assessor Especial de Relacionamentos. Tal experiência me fez aprender duas coisas: A primeira é que nessa área, tudo custa muito caro. A segunda é que a maioria absoluta dos Prefeitos da região apenas trazem seus cidadãos aqui para se tratarem, sem darem a contrapartida para tanto. Ou seja, nós acabamos financiando o Sistema de Saúde das cidades vizinhas. Sob esse aspecto, a decisão de não instalar a UPA, foi correta.

    Entretanto, no afã de inaugurar a obra logo, a atual administração deixou de se atentar ao básico: Acessibilidade para deficientes.

    Semana passada, quando fui levar meu funcionário para ser atendido, quase que não consegui subir na calçada defronte ao Pronto Socorro. Isso porque a rampa ali feita, é absolutamente íngreme. E, para piorar, a camada asfáltica, que é muito grossa, fica próxima da dita rampa. Ou seja, formou-se uma verdadeira vala. Eu consegui transpor esse obstáculo pois tenho uma cadeira elétrica, mas as pessoas que utilizam cadeira manual jamais conseguiriam fazê-lo. Vale salientar que o próprio Pronto Socorro disponibiliza cadeiras manuais para quem ali chega, e não consegue sair do carro para a sala de atendimento.

     

    O assunto é tão grave, que meu pai teve que ajudar um pessoal a subir uma maca na calçada, pois a mesma, apesar de ser bem maior do que uma cadeira de rodas, também não conseguiu vencer a malfadada rampa de acesso.

    Dentro do prédio, percebi apenas que algumas portas tem medida inferior à necessária para o livre trânsito de cadeiras de rodas. Não tive a oportunidade de verificar como as coisas foram feitas no banheiro, então não falarei sobre ele.

    Por fim, também não foram instalados aqueles caminhos de borracha para os portadores de deficiência visual, o que dificulta e muito, a vida dessas pessoas.

    O prédio em si, é muito melhor do que o anterior. É melhor planejado, mais amplo e bonito. Mas perde feio no quesito vagas de estacionamento. Nessa nova casa, o Pronto Socorro não oferece sequer uma vaga para veículos comuns, e apenas três para ambulâncias. Assim, os frequentadores do local se vêem obrigados a estacionar na rua, o que certamente causará aumento no já caótico trânsito daquela região, ponto a ser observado pela Secretaria de Transportes.

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