
Dados obtidos via Lei de Acesso à Informação revelam que o Itamaraty gasta R$ 174,8 milhões anuais com casas oficiais no exterior, incluindo aluguéis luxuosos e funcionários. Genebra lidera ranking, com despesa de R$ 5,2 milhões por ano.
O governo brasileiro mantém 188 residências oficiais para diplomatas no exterior, sendo 60 delas propriedades adquiridas e o restante alugadas. Os custos incluem aluguéis de alto padrão, funcionários domésticos e segurança, somando R$ 87,8 milhões apenas em locações em 2024.
Casos emblemáticos
Suécia: A embaixadora do Brasil em Estocolmo vive em um casarão histórico do século XIX, com aluguel de R$ 1,4 milhão/ano e custo total de R$ 2,47 milhões (incluindo três funcionários). O imóvel fica em bairro nobre, próximo a outras embaixadas.
Genebra (ONU): A residência mais cara é a do representante brasileiro, com aluguel de R$ 2,16 milhões/ano, seis funcionários (R$ 3 milhões/ano) e vigilância (R$ 87 mil/ano), totalizando R$ 5,2 milhões/ano. O imóvel está alugado desde 1972.
Justificativas do Itamaraty
O Ministério das Relações Exteriores afirma que os imóveis são escolhidos por critérios de necessidade, como localização estratégica e capacidade para eventos diplomáticos. A pasta ressalta que as residências servem para recepções oficiais e hospedagem de autoridades em visita.
Contraste com relevância econômica
Alguns países com residências caras têm baixo fluxo comercial com o Brasil. A Suécia, por exemplo, ocupa apenas o 53º lugar no ranking de exportações brasileiras.
Desde 2023, o Brasil abriu oito novas representações diplomáticas, ampliando a estrutura no exterior. Enquanto isso, o governo defende que os gastos estão dentro da legalidade e seguem padrões internacionais.
(Fonte: Dados obtidos via Lei de Acesso à Informação e Itamaraty)