Após votar pela absolvição de Jair Bolsonaro (PL) e outros cinco réus do “núcleo 1”, além de absolver em seu voto, por falta de provas, sete réus do grupo de desinformação de trama golpista, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu para deixar a Primeira Turma.
Em pedido feito ao presidente do STF, ministro Edson Fachin, Fux afirmou ter interesse em compor a Segunda Turma do STF, considerando a vaga aberta pela aposentadoria de Luís Roberto Barroso.
O pedido se deu no mesmo momento em que Fux proferia seu voto no plenário da Primeira Turma na Ação Penal nº 2.694. Se o pedido for aceito por Fachin de forma imediata, Fux ficará de fora das análises dos próximos julgamentos dos réus denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e tornados réus pelo STF.
Já estão marcadas as análises dos núcleos 3, dos kids pretos e do núcleo 2, responsável por elaborar a chamada “minuta do golpe” e coordenar as ações de monitoramento e de “neutralização” violenta de autoridades públicas, além de articular ações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para dificultar o voto de eleitores da Região Nordeste nas eleições de 2022.
O grupo 3 começará a ser julgado no dia 11 de novembro. O julgamento do núcleo 2 foi agendado para os dias 9, 10, 16 e 17 de dezembro.
A vaga de Barroso seria ocupada pelo novo ministro a ser indicado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Hoje, o nome favorito é do advogado-Geral da União, Jorge Messias.