Um dos procurados pela morte do ex-delegado-geral de São Paulo Ruy Ferraz Fontes é integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) e foi identificado pela Polícia Civil como Felipe Avelino da Silva, 33, vulgo Masquerano.
A informação foi dada pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. Segundo ele, o suspeito tem função de disciplina na região do ABC. O acusado ficou seis anos preso e tem duas passagens por roubo e duas por tráfico de drogas.
Ao ser questionado, Derrite confirmou a participação do PCC na morte de Ruy Ferraz. "Não resta dúvida. A dúvida, a gente não descarta as possibilidades, é se a execução foi motivada por conta do combate ao crime organizado de toda a carreira do delegado ou por conta de uma atuação atual como secretário municipal de Praia Grande. Agora, que há participação do crime organizado, para nós não resta dúvida."
Segundo o secretário, os acusados foram identificados e tiveram suas participações no crime indicadas por meio de análise de impressões digitais deixadas em um dos veículos usados pela quadrilha, abandonado a poucos metros do crime.
Derrite informou que Masquerano exerce função de disciplina –nome dado à liderança que dita as regras dentro da organização. "Não tem como descartar isso, é um fato que o crime organizado participou da execução. A motivação é o que ainda está em aberto, estamos avaliando as duas possibilidades", disse.
Masquerano tem condenações por roubo e tráfico de drogas em São Bernardo do Campo. Ele saiu do sistema penitenciário no ano passado. Arquivos do Tribunal de Justiça mostram que ele recebeu alvará de soltura no dia 5 de setembro de 2024 e que processos pelos quais ele foi condenado, em 2014 e 2019, foram extintos.