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    “Agora eu e Lula somos sócios”, diz Tarcísio

    605 Jornal A Bigorna 01/02/2023 17:10:00

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (1º) que ele e o presidente Lula (PT) agora são sócios, referindo-se ao alinhamento entre governo federal e estadual para o desenvolvimento do país.

    "Para o Brasil ir bem, São Paulo tem que ir bem. Agora eu e o presidente Lula somos sócios", disse em um evento de agronegócio promovido pela XP Investimentos em São Paulo.

    Aliado de Jair Bolsonaro (PL) e eleito com o apoio do ex-presidente, Tarcísio tem dialogado de forma amistosa com o governo federal para tentar avançar em projetos como a privatização do Porto de Santos (SP), um de seus pleitos mais ambiciosos que depende do aval do governo Lula.

    "Imagina São Paulo e o governo federal unidos num projeto que é importante para o Brasil, para São Paulo, para a Baixada Santista e você conduzir esse projeto conjunto mesmo estando em campos políticos opostos", disse.

    Em seu discurso no evento, Tarcísio também elogiou Bolsonaro, a quem definiu como líder da direita, e disse não querer herdar a direita.

    "O pessoal fala muito: você vai herdar a direita. Eu não quero herdar nada. E para mim o grande líder da direita continua sendo o Bolsonaro, que é uma pessoa com quem eu desenvolvi uma grande amizade. Então, esse interesse eu não tenho", disse.

    O governador disse não ter planos políticos de suceder o ex-presidente e afirmou estar focado em resolver problemas do estado.

    Questionado sobre suas pretensões eleitorais, Tarcísio respondeu: "zero". E afirmou que não esperava ser ministro nem governador —foi o ex-presidente que lançou Tarcísio na corrida estadual.

    "No dia que você chegar, virar governador, de costas para o governo, já pensando no próximo passo, você está morto. Eu quero é curtir isso e fazer o melhor aqui em São Paulo", completou.

    A fala lembra o movimento político do ex-governador João Doria (ex-PSDB), que chegou ao Palácio dos Bandeirantes com planos presidenciais que não se concretizaram.

    Mais tarde, em evento do banco Credit Suisse, Tarcísio comentou sobre as eleições para o comando da Câmara e do Senado, nesta quarta. Antes dos resultados, ele afirmou, referindo-se ao favoritismo de Arthur Lura (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG): "Fico muito confortável com a Câmara dos Deputados, nem tanto com o Senado Federal".

    "As pessoas me perguntam muito como vai ser minha relação com o governo federal, logo eu que sou um opositor do governo federal. Me elegi apoiando o nosso ex-presidente Bolsonaro. [...] Minha relação vai ser republicana e eu considero de uma forma muito pragmática que São Paulo e o Brasil são sócios. [...] A gente vai fazer de tudo para que o Brasil vá bem. Isso não significa absolutamente alinhamento, não significa que a gente não vá fazer eventualmente a crítica construtiva", disse.

    "Estou confiante no futuro de São Paulo nos próximos anos e também no futuro do Brasil, por que não?", emendou.

    Ele também repetiu que não planeja nada para o futuro e não tem preocupação com a eleição de 2026. Segundo Tarcísio, apesar da derrota de Bolsonaro, a centro-direita venceu a eleição de 2022, com governadores e parlamentares, e pode voltar ao poder em quatro anos.

    "Eu acho que o Brasil está se tornando um país mais conservador e mais centro-direita. Se você pegar a quantidade de filhos por casais evangélicos e confrontar com filhos de casais católicos, você vai ver que existe esse movimento", disse ele.

    Ainda no evento do Credit Suisse, Tarcísio defendeu a privatização do Porto de Santos e da Sabesp, a reforma tributária, uma agenda verde para atração de investimentos e uma reforma política que adote o voto distrital misto e acabe com a reeleição.(Da Folha de SP)

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