• Temer diz que voto de Fux é fundamental para Bolsonaro e que Tarcísio não foi feliz ao atacar Moraes

    103 Jornal A Bigorna 11/09/2025 12:00:00

    O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta quinta-feira (11) que o voto do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux no julgamento da trama golpista "foi importantíssimo" para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Luiz Fux votou nesta quarta-feira (10) para absolver Bolsonaro de todos os crimes de que foi acusado. Além de ter sido o primeiro voto divergente no julgamento até agora, Fux travou um embate com os métodos de Alexandre de Moraes, relator do processo, à frente do processo.

    "Até o presente momento, ele [Fux] está absolvendo a todos, de modo que para o ex-presidente Bolsonaro este voto é fundamental, é importantíssimo", afirmou Temer nesta quinta-feira (11), em Salvador, onde participou do 3º Congresso Brasileiro de Direito e Sustentabilidade.

    Ele disse ainda que tanto Moraes como Fux tiveram posições processuais respeitáveis durante o julgamento e que a divergência entre ambos é natural. Também afirmou acreditar na "qualidade pacificadora" dos dois ministros.

    O resultado parcial do julgamento está em 2 votos a 1 pela condenação de Bolsonaro. Faltam os votos dos ministros Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Caso um deles vote contra o ex-presidente, estará formada maioria pela condenação.

    O ex-presidente ainda afirmou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) "não foi feliz" ao atacar Moraes durante as manifestações bolsonaristas na avenida Paulista no último domingo (7). Na ocasião, Tarcísio chamou o ministro de ditador e tirano.

    "[Tarcício] não foi feliz com aquelas palavras, mas eu compreendo bem. Lá, era o calor daquele comício, daquela movimentação, e mais ainda talvez a tentativa de mostrar que ele não era desleal ao ex-presidente Bolsonaro. Afinal, ele precisa do voto daquele que são bolsonaristas", disse.

    Questionado sobre o projeto de lei que anistia os envolvidos nos ataques de 8 de Janeiro, Michel Temer afirmou que a proposta certamente será objeto de questionamentos sobre a sua constitucionalidade. E defendeu que o próprio STF construa uma solução de pacificação.

    "Todos sabem que a punição deve existir, afinal houve depredação de prédios públicos. Mas o melhor seria que o Supremo resolvesse usando instrumentos jurídicos que existem no sistema", disse o ex-presidente, citando como exemplo a redução de penas.

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