A criação da Secretaria do Transtorno do Espectro Autista e Outras Neurotipicidades colocou a Estância Turística de Avaré em posição de destaque no cenário nacional das políticas públicas inclusivas. No Brasil, a maioria dos municípios ainda atua por meio de departamentos ligados à Saúde, Educação ou Assistência Social. Secretarias exclusivas, com estrutura própria, equipe dedicada e planejamento específico, são raras, o que torna o modelo de Avaré uma referência inovadora.
A secretaria adotou um formato focado em escuta ativa das famílias, oficinas, acompanhamento contínuo, terapias e construção de políticas públicas especializadas, trazendo benefícios diretos como maior acolhimento, mais agilidade nos atendimentos e o fortalecimento do vínculo entre o poder público e as famílias atípicas. A partir de 2026, a política será ampliada com o fortalecimento de equipe multidisciplinar e novos projetos.
Os atendimentos iniciados em 2025 seguem critérios técnicos e protocolos oficiais, respeitando as diretrizes do Ministério da Saúde, os parâmetros do DSM-5-TR (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), a CID-11 (Classificação Internacional de Doenças) e as orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria e de entidades especializadas. Isso assegura que cada atendimento seja conduzido com ética, responsabilidade e segurança clínica.
A iniciativa foi idealizada pelo prefeito Roberto Araujo, que defendeu a criação de uma estrutura permanente para garantir dignidade, cuidado e visibilidade às famílias atípicas. Para ele, a secretaria representa mais do que uma inovação administrativa: é uma política pública de humanização e justiça social.
“Criar uma secretaria exclusiva significa reconhecer que as famílias atípicas precisam de atenção contínua e políticas específicas. Avaré decidiu avançar, cuidar e garantir que ninguém fique invisível”, afirmou o prefeito Roberto Araujo.
À frente da pasta, a secretária Ana Rita Guite destaca que o modelo adotado permite construir políticas públicas a partir da realidade das famílias. “Essa secretaria existe para acolher, orientar e transformar necessidades em ações concretas, com planejamento e responsabilidade”, pontuou.
Com esse modelo, Avaré consolida sua posição como município referência em inclusão, abrindo caminho para que outras cidades do Brasil adotem políticas públicas mais humanizadas, técnicas e permanentes para o atendimento às pessoas com autismo e outras neurotipicidades.













