• A Polícia que mata Polícia em SP é um desastre; veja as imagens

    185 Jornal A Bigorna 21/07/2025 20:00:00

    Chocantes as imagens de um PM, mal preparado para estar na função , simplesmente matar um Policial Civil, mostra, claramente, que, uma grande parte da PM paulita é mal-preparada para estar nas ruas; se matam um colega, imagine um civil, numa favela. O caso ocorrido é mais um capítulo de centenas de atos promovidos pela incompetência da PM Paulista, e isso não vem de agora, vem de décadas e muitas décadas, com casos, até mesmo encobertos. 

    Um vídeo da câmera corporal de um sargento da Polícia Militar de São Paulo gravou o momento no qual ele encontrou e atirou em um policial civil durante uma ação em uma favela na zona sul de São Paulo.

    Além do disparo, as imagens mostram também a reação da vítima e de seus colegas, além dos outros PMs envolvidos na operação. O investigador Rafael Moura da Silva, 38, acabou morrendo cinco dias depois, em consequência dos tiros.

    Policial civil Rafael Moura da Silva - policialcivil_sp no Instagram

    Ele era agente de telecomunicações policial e atuava na Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco).

    O caso aconteceu no final da tarde do último dia 11 na favela do Fogaréu, no Capão Redondo. Rafael estava no local atrás de um suspeito de tentativa de latrocínio quando foi atingido pelos disparos.

    A câmera corporal presa ao uniforme do sargento Marcus Augusto Costa Mendes, 25, filmou a ação. Ele, que está na Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, braço de elite da PM paulista) há três anos, realizava um patrulhamento na comunidade.

    O PM já tinha participado de outra ação que terminou com uma pessoa morta na mesma favela há cerca de um mês. Ale e um colega, que estava presente nos dois casos, foram afastados do trabalho por uma juíza.

    Baleado, Rafael foi socorrido pelos próprios policiais, que o colocaram na viatura da Rota e seguiram para o Hospital das Clínicas, em Pinheiros, zona oeste, a cerca de 20 km da viela onde foi baleado. O percurso teria sido feito em 20 minutos, de acordo com a defesa.

    As imagens das câmeras corporais mostram o sargento circulando a pé pela favela, até virar uma esquina e ver Rafael. É neste momento, aos 16 segundos da gravação, que ele dispara quatro vezes.

    O arquivo possui 3 minutos e 33 segundos. O corte começa com Mendes correndo por becos da favela com a arma em punho. Em seu depoimento, ele disse que, pouco antes atirar, tinha visto um vulto ao abrir uma porta e entrar nem um beco. Ainda segundo a versão do PM, foi nesse momento que começou a correr.

     

    Confira abaixo o que aconteceu minuto a minuto da gravação que flagrou a morte do policial civil.

     

    0m17s: 'É polícia'

     

    Sargento Marcus Augusto Costa Mendes, 25, fica frente a frente com o policial civil Rafael Moura da Silva, 38 - Reprodução

    O sargento Mendes fica de frente para o agente de telecomunicações Rafael da Silva. Alguns segundos depois, ele atira. Dois tiros são dados (todos pelo PM). Rafael diz: "é polícia". Mendes se abriga sob uma escada e efetua mais dois tiros. Ferido, Rafael alerta novamente ser policial. Assim que os tiros pararam é possível ouvir gritos dos colegas do policial civil.

     

    0m35s: ‘Chama o resgate’

     

    O sargento da Rota pega o celular na tentativa de chamar o socorro - Reprodução

    Policiais civis se juntam ao final do beco onde Rafael está caído e gritam com Mendes. Eles dizem repetidamente serem policiais e pedem o acionamento do socorro. O sargento, com o celular em mãos, também pede para que um outro PM ligue para o resgate.

     

    1m20: 'Mataram meu parceiro'

     

    Policiais civis, com armas longas, se desesperam, enquanto cabo da Rota pede calma - Reproduçao Câmera Corporal/Reprodução

    Os colegas de Rafael se desesperam. Um deles chega a se ajoelhar. Um outro diz "mataram meu parceiro". Rafael está imóvel no chão. Os PMs se aproximam e prestam um primeiro atendimento. Eles colocam selos torácicos valvulados e oclusivos nos ferimentos na tentativa de estancar o sangue.

     

    2m24: 'Ta filmado?'

     

     

    Colega de Rafael, policial civil coloca a mãos na cabeça e pergunta se a câmera estava ligada - Reprodução

    Nervosos, os policiais civis xingam os policiais militares, que seguem pedindo calma. Um dos investigadores questiona se a câmera estava em funcionamento, recebendo uma resposta afirmativa do sargento.

    Um colega de Rafael diz estar baleado (ele foi atingido por um tiro de raspão). Os policiais militares continuam no atendimento. Um dos colegas de Rafael pede para que chamem o helicóptero Águia. O vídeo termina.(Fonte: Folha de SP)

     

     

     

     

     

     

     

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