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    389 Jornal A Bigorna 07/05/2023 11:30:00

    Palanque do Zé

    O Rei Charles III foi coroado semana passada, numa cerimônia que ocorreu na Abadia de Westminster, em Londres. Sua ascensão ao trono do Reino Unido ocorreu com a morte da Rainha Elizabeth II, soberana extremamente popular, e que se manteve no "cargo” por 70 anos, sendo este o mais longo reinado da história britânica.

     

    Rei Charles agora é o monarca britânico no comando, numa sucessão de Monarcas que teve início 1.066 anos atrás, aproximadamente.

    Sempre vi muitas pessoas questionando aqui do Brasil, se a Monarquia Britânica deveria ou não existir. Penso que, além de o assunto não ser da nossa alçada, a maioria dos brasileiros sequer sabe que a Monarquia é um símbolo de unidade nacional, unindo diferentes regiões e culturas sob uma instituição comum, além de ser economicamente viável, pois a Família Real Britânica atrai um grande número de turistas todos os anos, gerando receitas significativas para a economia do país, por meio de visitas a palácios, exposições e eventos relacionados.

    Não vou me alongar nesse aspecto da coisa aqui, pois já tratamos desse tema no Palanque do Zé. Deixarei dois links sobre isso no rodapé deste texto, para o caso de você querer saber mais.

    A grande questão da Família Real, entretanto, é a estabilidade e a continuidade, pois compete a eles proporcionarem ao povo uma estabilidade política duradoura, passando a coroa de geração em geração, evitando as incertezas tão comuns nas Repúblicas, relacionadas às transições de Poder.

    Isso tudo nos remete ao conservadorismo, que não é uma ode ao atraso como muitos pensam, mas sim uma filosofia (ou estilo de vida) que defende a manutenção das instituições sociais tradicionais no contexto da cultura em que os seus praticantes estão inseridos.

    O conceito básico do Conservadorismo surgiu no contexto político francês de 1.818 com François-René de Chateaubriand, durante o período de restauração de Bourbon, cujo objetivo era reverter as políticas da Revolução Francesa, mas isso é assunto para uma outra hora.

    Depois desta explicação superficial, já é possível que você entenda que o Conservadorismo consiste numa crença nas coisas sagradas e no desejo de defendê-las da profanação, motivo pelo qual os seus praticantes procuram preservar as instituições, a religião, a monarquia, os direitos de propriedade, liberdades individuais e tudo o mais que traga ou fortaleça a estabilidade e a continuidade da sociedade tal como sempre fora.

    Conforme disse Quintin Hogg, Presidente do Partido Conservador Britânico, ainda nos idos de 1959, "o conservadorismo não é tanto uma filosofia, mas uma atitude, uma força constante, desempenhando uma função intemporal no desenvolvimento de uma sociedade livre e correspondente a uma exigência profunda e permanente da própria natureza humana".

    Noutras palavras, a Monarquia Britânica é positiva para a humanidade e, em especial aos seus súditos, porque representa a constância em um mundo que teima em mudar rapidamente e seguir adiante.

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    Links das colunas anteriores, citadas neste texto:

     

    Jornal A Bigorna - Palanque do Zé #167 – E quando a Rainha Elizabeth II morrer? (jornalabigornaavare.com.br)

     

    Jornal A Bigorna - Palanque do Zé #213 – Qual é o legado da Rainha Elizabeth II? (jornalabigornaavare.com.br)

     

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