O povo brasileiro vive hoje uma realidade marcada por necessidades básicas não atendidas, especialmente nas áreas de saúde e emprego. Hospitais públicos enfrentam falta de insumos, filas intermináveis e profissionais sobrecarregados. Ao mesmo tempo, milhões de brasileiros lutam para conseguir trabalho digno, enquanto o desemprego estrutural e a informalidade crescem.
A perda do poder de consumo é um reflexo direto da estagnação econômica. Os preços dos alimentos, combustíveis e serviços continuam elevados, enquanto os salários permanecem baixos. Segundo dados recentes, o salário mínimo mal cobre as despesas básicas de uma família, e o brasileiro médio viu sua capacidade de compra encolher nos últimos anos.
Críticas ao governo Lula
Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha prometido reconstruir o país com justiça social, sua gestão tem enfrentado críticas pela lentidão em implementar reformas estruturais. A falta de avanços significativos na reforma tributária, na geração de empregos e no controle da inflação tem gerado frustração. Além disso, a percepção de que o governo prioriza alianças políticas em detrimento de ações concretas para o povo tem aumentado a insatisfação popular.
A corrida eleitoral de 2026
Com Lula buscando a reeleição, a disputa presidencial de 2026 se desenha acirrada. Pesquisas apontam que Lula enfrenta empates técnicos com nomes da direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, também surge como possível candidato, especialmente após a inelegibilidade e prisão do pai.
Apesar de Lula liderar no primeiro turno em vários cenários, os números mostram que a oposição bolsonarista mantém força e pode crescer até o segundo turno, especialmente se conseguir capitalizar o descontentamento com a economia e os serviços públicos.
A desigualdade brasileira e o papel da política na vida do povo
O Brasil vive um paradoxo: os indicadores de pobreza caíram nos últimos anos, mas a desigualdade social e a vulnerabilidade continuam alarmantes. Segundo o IBGE, 23,1% da população ainda vive abaixo da linha da pobreza — o equivalente a quase 49 milhões de brasileiros. A extrema pobreza atinge 3,5%, ou 7,4 milhões de pessoas.
Esses números são mascarados por uma realidade ainda mais cruel: sem programas sociais como o Bolsa Família, a pobreza saltaria para 28,7% e a extrema pobreza para 10%.
A política como ferramenta de transformação — ou exclusão
A política brasileira tem sido marcada por incertezas, polarização e falta de representatividade popular. A corrida eleitoral de 2026 já mostra sinais de tensão: Lula busca a reeleição, enquanto nomes como Tarcísio de Freitas, Flávio Bolsonaro e Michelle Bolsonaro despontam como possíveis adversários.
Mas o maior problema não é quem está no poder — é a ausência do povo nas decisões políticas. A maioria dos brasileiros não participa de debates, não acompanha votações no Congresso e não cobra seus representantes. E é justamente da política que saem as decisões que afetam diretamente os mais pobres: cortes em programas sociais, reformas trabalhistas, aumento de impostos regressivos.













