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    Liturgia do André # 17 - Desastres, ganâncias e aquilo que não vemos

    567 Jornal A Bigorna 21/02/2023 18:50:00

    Liturgia: “Chegou o tempo de curar as feridas. Chegou o tempo de preencher as lacunas que nos separam. Chegou o tempo de construir.” O discurso de Nelson Mandela, ao assumir a África do Sul, em 10 de maio de 1994, após 27 anos,  preso.

    Desastre

    O desastre causado pelas chuvas, as mortes, tristezas e familas arrasadas são o retrato fiel de um país subdesenvolvido, onde apenas parte da sociedade consegue viver com mais tranquilidade. Nosso Brasil têm potencial para muito mais; um povo mais atendido, mais instruído, mais capacitado, mais o mas de tudo é que a corrupção em todas as camadas tiram dos brasileiros as condições mínimas de viver.

    Desastre e ganância

    O ser-humano é mal por natureza, ele sim é seu próprio lobo. Prova disso são comerciantes venderam água a quem está necessitado no litoral por 40 ou 90 reais o litro. Enquanto muito lutam por si e pelos semelhantes, o homem mau é fruto de seu próprio despreparo existencial: a ganância. Um dia as futuras gerações descobrirão que dinheiro não se come.

    Política habitacional

    A carência de infraestrutura urbana para a permanência segura de moradias em áreas de morro nas regiões mais pobres é um produto do sistema que transforma a necessidade humana básica de morar em mercadoria. Essas situações de risco não surgem de uma suposta falta de planejamento individual e familiar. Não são fruto de escolhas da população que reside em assentamentos precários, e sim da política habitacional —ou falta dela— destinada à população negra e periférica.

    Carnaval

    Um carro alegórico representando o demônio, no desfile da Salgueiro, provocou reações no público religioso, que acusou a escola de samba do Rio de "profanação".A escola desfilou com um enredo que propôs uma releitura do paraíso em que o diabo é derrotado. O Carnaval vive um eterno conflito com os evangélicos. Eles se esquecem que o Carnaval é, em essência, uma festa pagã e profana. Precisam estudar mais.

    Covid

    Uma segunda covid me pegou de surpresa neste começo de ano. Faltou tudo; ar; disposição e talvez esperança. Digo esperança por ter um pouco de Schopenhauer no sangue, não de sua erudição, mas dos seus ensinamentos. Penso assim , pois o pouco que antevejo à frente — num futuro não tão distópico e quase utópico é que teremos outras e muitas mais pandemias pela frente. Nossa geração ficará nos anais históricos como a ‘geração covid-19’, sim seremos parte da história. Na antevisão de um futuro promissor para todos, acredito no nada. Sartre escreveu que o homem é o único ser capaz de criar o nada; partido do todo chegamos ao nada existencial; é a partir daí que nossa vida se transforma numa enxurrada de decisões, acertadas ou não. A vida é feitas de escolhas ( errar é mais do que humano, afinal, imperfeito se cheios de defeitos, dificilmente o homem consegue uma vida plena- assertiva; erramos mais do que acertamos; assim e todavia infelizmente quando temos a experiência a nosso favor, a idade já chegou; tarde demais, às vezes.

    Reconstruir

    Chegou o tempo de curar as feridas. Chegou o tempo de preencher as lacunas que nos separam. Chegou o tempo de construir. – Nelson Mandela, um dos  maiores líderes do mundo.

    Não vemos

    Não vemos as injustiças que nossos semelhantes sofrem; não vemos as agruras que outros passam; não vemos o quanto o mundo é ingrato e a pessoas egoístas; não vemos porque não temos o discernimento, porque também somos extremamente orgulhosos e egoístas. A esperança é para todos, mas o destino que a vida nos impõe é mais cruel do que podemos imaginar. O lobo – sim – é o homem!

     

     

     

     

     

     

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