Falar de inclusão e respeito é falar de gente. De vidas que carregam histórias, desafios e potencial. É reconhecer que nenhuma pessoa é igual à outra – e é exatamente isso que torna cada encontro tão valioso.
Quando pensamos em inclusão, muitas vezes imaginamos grandes projetos, leis, ações amplas. Mas a verdade é que ela começa no simples: no olhar que acolhe, no convite para participar, na paciência com o tempo do outro, na disposição em entender aquilo que ainda não conhecemos. Inclusão nasce no cotidiano, nos pequenos gestos que dizem “você é bem-vindo aqui”.
Respeito é o alicerce. É ouvir antes de julgar, observar antes de criticar, aprender antes de apontar. É entender que cada pessoa tem uma trajetória única e que ninguém deve ser reduzido a rótulos, diagnósticos ou expectativas que não fazem parte da sua realidade. Respeito é permitir que o outro exista como ele é — e não como o mundo gostaria que fosse.
Vivemos tempos em que diferenças aparecem rápido, mas acolhimento nem sempre acompanha na mesma velocidade. Por isso, falar de inclusão hoje é um convite a desacelerar, refletir e lembrar que todos nós, em algum momento, precisamos que alguém nos abra espaço.
Uma sociedade realmente inclusiva não se constrói apenas com discursos. Ela se constrói com decisões diárias: na escola que valoriza cada aluno, no trabalho que reconhece talentos diversos, na comunidade que se fortalece quando todos participam, e dentro das famílias que aprendem, juntas, a caminhar com empatia.
Promover inclusão não é sobre “fazer pelo outro”, mas sobre caminhar ao lado dele. É reconhecer que cada pessoa tem algo a oferecer. É cultivar um ambiente onde todos tenham voz, presença e dignidade.
Que possamos ser agentes dessa mudança — começando pelas nossas atitudes, pela forma como tratamos quem está ao nosso redor e pelo compromisso de fazer do respeito a base de todas as relações.
Inclusão não é um favor. É um direito.
E respeito não é escolha. É essência.
Sobre a colunista
Marcela Fernanda de Andrade é pós-graduada em Neurociência, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Educação Especial e Inclusiva, com capacitação em TEA pela Universidade de Harvard. Mãe atípica, é estudante de Fonoaudiologia e mestranda em Distúrbios da Fala e Comunicação Humana.
Instagram: @neurofono_marcelaandrade
Atenção: Esta é uma coluna informativa, baseada em observações gerais e conhecimento público. Em caso de dúvidas ou necessidades específicas, procure sempre um profissional qualificado.













